Abrindo a inovação a cidadania

Posted in - Cidadania & Inovação Cidadã @pt-pt & Participação @pt-pt en Fev 19, 2013 0 Comments

ManosPor Pablo Pascale
@pablopascale

Os processos sociais atuais vão da passividade a ação, de observador a participante, do download a upload, de fechado a aberto. Assim, estamos a ver surgir exemplos como a inovação aberta, o software libre, ou a participação cidadã. Todos eles têm vários elementos em comum mas, tal vez, o principal seja o de abrir as fronteiras das organizações e processos para coproduzir resultados.

Anteriormente, as organizações recorríam aos seus próprios recursos internos para, por exemplo, inovar. É o que se conhece como processo de “inovação fechada”, onde só se fazia uso do conhecimento, tecnologia, recursos humanos e ideias internas da organização. Esto tem demonstrado a sua falta de eficiência e competitividade.

Muitas coisas estavam a suceder fora dos limites da organização que podiam ser úteis para melhorar os processos de inovação. Numa economia globalizada, e com o ascendente desenvolvimento de tecnologias complexas, já não é possível recorrer só aos indivíduos e conhecimentos internos, pelo que começou a apertura a sócios externos.

A inovação depende cada vez mais do conhecimento ao externo das fronteiras das organizações, e por este motivo se denomina inovação aberta.

Na inovação aberta, o processo de inovar nutre-se também das ideias, conhecimento e informação que provêem do exterior da organização e se enriquecem com os conhecimentos internos, para finalmente produzir um resultado mais inovador, competitivo e eficiente.

Devido as TIC, novas formas de inovação aberta tem sido possíveis na última década, posto que tem melhorado os fluxos de informação e coordenação, a vez que facilitam a interação entre múltiplex indivíduos. De esta forma, tem permitido o surgimento de novas modalidades de inovação aberta, como as que recorrem a interação recorrente dum importante número de pessoas, como o caso do crowdsourcing. Alguns exemplos os encontramos no Lego e a sua iniciativa Lego Mindstorms, onde o cliente sugere produtos através de internet, ou Dell e a sua ideastorm onde já encontramos mais de 500 ideias de consumidores aplicadas ao produto.

Pero os processos de apertura de fronteiras das organizações não se restringem só as empresas que procuram maximizar benefícios econômicos mediante a inovação. Também se está aplicando no desenvolvimento de software libre, de licencias abertas como creative commons, a criação de conteúdos wiki, ou no relacionamento de governos e os cidadãos com as novas formas de participação cidadã mediante meios digitais que, a modo de exemplo, a plataforma Cidadania 2.0 impulsa em Ibero-América.

Em boa parte da vida social, cultural e econômica atual o fechado está dando lugar ao aberto, a proliferação de entornos colaborativos onde diferentes atores aportam a construção coletiva. Esto, que não é novo, se está potenciando com a utilização das tecnologias 2.0 e a permeabilidade de fronteiras para o aproveitamento da inteligência coletiva, a fim de resolver problemas, criar conteúdos e oferecer solucões.

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