E se todos os governos de Ibero-América apoiassem diretamente a inovação social?
Por: @sandraparuiz
Há alguns anos, o conceito de Inovação Social tem ganhado cada vez mais e mais peso. Estamos num ponto em que a sociedade precisa de ideias coletivas, que sejam construídas e desenvolvidas não só pelos governos, mas também pelas pessoas diretamente envolvidas e a sociedade no seu conjunto. As ideias tradicionais para a melhora das condições de vida de milhões de pessoas estão ficando curtas perante os avanços da tecnologia e o consequente crescimento de brechas tecnológicas e sociais.
Por esta razão, a sociedade está entendendo a iminente necessidade de inovar, de procurar alternativas criativas, novas e úteis para a resolução dos problemas sociais que mais nos acometem, especialmente para a inclusão social dos coletivos em risco iminente de exclusão.
Devido a isso, governos ibero-americanos como os de Colômbia, Chile e Espanha têm posto em prática a tarefa de apoiar a geração de ideias socialmente inovadoras, criando espaços governamentais abertos e participativos dedicados à Inovação Social.
Com Corfo, no Chile, o governo quer executar as políticas governamentais no âmbito do empreendimento e a inovação, através de ferramentas e instrumentos compatíveis com as linhas centrais de uma economía social de mercado, criando condições para lograr construir uma sociedade de oportunidades.
Pela sua parte, o Centro de Innovación Social – CIS – do governo de Colômbia quer “introduzir novas soluções escaláveis para as necessidades da população pobre e vulnerável de forma mais eficiente, sustentável e pertinente”. O Centro identifica as problemáticas desde e com a comunidade, fomentando a sua participação e dando-lhe poder para a melhora da sua qualidade de vida, fazendo uso de mecanismos de inovação aberta que permitam participação, colaboração e transparência.
No caso de Espanha, Euskadi Innova, uma iniciativa do Governo Basco, quer sensibilizar, impulsionar e fomentar o diálogo social entre a Inovação e a Sociedade para criar condições de entorno favoráveis que permitam o desenvolvimento da inovação a partir da sua compreensão, aceitação e reconhecimento por parte da sociedade.
Seria interessante que todos os governos ibero-americanos apoiassem iniciativas como estas, e por que não, criassem os seus próprios departamentos de Inovação Social para impulsioná-las diretamente desde as suas políticas públicas, fazendo partícipe toda a sociedade no seu conjunto.
Desde Cidadania 2.0 estamos trabalhando para apoiar os governos ibero-americanos a se envolverem com a inovação social, permitindo a participação cidadã na criação de ideias inovadoras úteis para a população mais vulnerável.
E você, que é o que pensa?
Se conhecer iniciativas de inovação social participativa em seu país, impulsionadas por seu governo, ou pela sociedade civil, te invitamos a compartilhá-las com a gente, para que juntos criemos o mapa ibero-americano da inovação social.
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