Presidentes tuiteiros e inovação cidadã

Posted in - Cidadania & Inovação Cidadã @pt-pt & Participação @pt-pt en Jul 15, 2013 0 Comments

por Pablo Pascale

InnovacionCiudadana

Três Presidentes latino-americanos (@CFKArgentina @JuanManSantos e @EPN) superaram os  dois milhões de seguidores no Twitter e outros vão no mesmo caminho.

O que está ocorrendo para que Presidentes e governos se envolvam cada vez mais nos canais digitais das redes sociais? Quais objetivos buscam? Querem apenas comunicar?

Não. As tecnologias digitais abriram uma brecha no silencio e na opacidade, geraram um espaço em que o cidadão se eleva até falar de cara a cara sobre os temas que lhe incubem e com os tomadores de decisões que o influenciam.

E isso supõe uma mudança radical na forma de comunicar, mas principalmente de fazer política. Os políticos mais conectados com a realidade atual, os políticos não analógicos, têm um novo mecanismo para manter um contato real com seus cidadãos. Porque o digital é real, é um meio que permite eliminar as barreiras de espaço e tempo, facilitando uma comunicação onipresente e assíncrona. Nesta era, o que nos perguntamos é como os governos faziam antes para manter um contato cotidiano com os cidadãos?

A comunicação com a sociedade é o passo inicial que começam a dar os governos que decidem entrar nas redes digitais. Mas a comunicação não é o fim em si mesmo. Os dois objetivos principais são: a participação cidadã e a transparência.  Governos contam cada vez mais com a participação dos cidadãos na cadeia de tomada de decisões ou de definição de orçamentos. Também abrem as cortinas de suas instituições e permitem que a sociedade tenha acesso a dados que afetam a sua vida cotidiana.

Mas também encontramos efeitos colaterais tais como a inclusão social. Os governos e as autoridades que usam as tecnologias digitais exercem como modelos para que cidadãos e cidadãs se envolvam no exercício pleno de sua cidadania. E que relação tem o uso de tecnologias digitais com a inclusão social?

Atualmente, a utilização ou subutilização das tecnologias digitais para o exercício da cidadania pode se constituir em uma nova forma de exclusão social. A exclusão social não é entendida apenas com relação a carências materiais, também é vinculada ao grau de acesso relacional, ao uso dos serviços disponíveis na sociedade, assim como ao nível de participação nesta. Existe, portanto, uma interdependência cada vez maior entre inclusão social e e-inclusão, uma vez que o uso das tecnologias digitais facilita que os cidadãos exerçam de forma mais plena a sua cidadania.

Desde Cidadania 2.0, propomos o incentivo à inovação cidadã com a participação ativa de cidadão em iniciativas inovadoras que buscam transformar a realidade social com base no uso das tecnologias digitais, com a finalidade de alcançar uma maior inclusão social.

E trabalharemos colaborativamente com governos, coletivos sociais, empresas e cidadãos inovadores para gerar respostas a: Como os governos e a sociedade colaboram em mecanismos de aproximação e desenvolvimento de políticas públicas? De que formas as empresas podem implantar esquemas de responsabilidade social enfocando a inovação cidadã? Quais serão os novos aportes dos meios digitais ao exercício da cidadania? Que modelos de instituições necessitamos para que possam se adaptar ao trabalho em rede e à utilização de tecnologias digitais por parte da sociedade?

É neste momento de governos abertos, Presidentes tuiteiros, empresas socialmente responsáveis e cidadãos inovadores que se abre o espaço de Inovação Cidadã para o diálogo, a reflexão e as propostas que esperam a sua participação!

 

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